Chamada a colaboradores para desenvolver projetos no #LABICxlaPAZ
Laboratório de Inovação Cidadã para a paz e o Pós-conflito
“TERRITÓRIOS HUMANOS, RURAIS E URBANOS”
A Alta Conselharia para o Pós-conflito, Direitos humanos e Segurança (ACPC) da Presidência da Colômbia, a Governação do Departamento de Nariño e o projeto de Inovação Cidadã da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), abrem esta convocatória para a inscrição de colaboradores para o desenvolvimento de projetos de inovação cidadã no Laboratório de Inovação Cidadã para a Paz e o Pós-conflito – Nariño (#LABICxlaPaz) que será realizado de 13 a 25 de fevereiro de 2018, na cidade de Pasto, Colômbia.
O LABICxlaPaz – Nariño contará com a colaboração do Ministério de Cultura e do Ministério do Interior da Colômbia, Centro Nansen para a Paz e o Diálogo da Noruega , Zaragoza Ativa, Medialab-Prado e Instituto Procomúm.
Nesta oportunidade, convoca-se a apresentação de candidaturas para colaboradores que desejem participar envolvendo-se no design e protótipo de novas ferramentas, plataformas e ações, dos projetos de inovação cidadã escolhidos em convocatória recente para ser desenvolvidos durante o laboratório.
O conflito armado deixou um total de mais de 8 milhões de vítimas em todo o território colombiano (16% da população total), sendo Nariño uma das zonas mais afetadas; este é o motivo principal para realizar o LABICxlaPAZ nesta região.
A estratégia para o Pós-conflito é um ambicioso programa que foi proposto pelo Governo da Colômbia, cuja primeira fase denomina-se “Estratégia de Resposta Rápida (ERR)” e dentro da qual realiza-se este laboratório de inovação cidadã para gerar novas propostas e soluções inovadoras desde a cidadania para o Pós-conflito.
Mediante metodologias colaborativas, será feito o protótipo de 10 projetos com a ajuda de equipes de trabalho formados pelos promotores dos projetos, um grupo de 90 colaboradores (9 por projeto) e o apoio contínuo de quatro mentores especializados, especialistas técnicos e mediadores locais. Também será desenvolvido um trabalho de coprodução com comunidades locais.
A inscrição é gratuita e estará aberta até o dia 19 de novembro de 2017
Para tanto, abre-se esta convocatória a todos aqueles interessados em participar como colaboradores dos 10 projetos que detalhamos a continuação:
1. Tecnologia, corpos e autonomia: Metodologias para a geração de próteses em código aberto
Nome | Tecnologia, corpos e autonomia: Metodologias para a geração de próteses em código aberto |
Autor | Francisco Díaz Montero e Esteban Paz Díaz |
Descrição | O objetivo deste projeto é abordar a problemática do pós-conflito e suas sequelas corporais através da inicialização de uma comunidade de auto fabricação de próteses. Para isso, desenvolveremos quatro pontos básicos: a comunidade e os cuidados, metodologia colaborativa, o prototipado com impressão 3D e a infraestrutura. O projeto pretende fabricar próteses de membros como dedos, mãos, antebraços ou braços elaborados em impressoras 3D para a população vítima do conflito armado ou de baixos recursos. Serão utilizados, principalmente, dois tipos de material para estas impressões como o são o Plástico tipo ABS e o plástico tipo PLA, com o fim de minimizar custos. Buscamos gerar um espaço de encontro e reflexão em torno ao novo cenário de paz e cooperação cidadã, melhorar a vida de pessoas com diversidade através da construção de conhecimento e soluções em comum. Perseguimos divulgar, dialogar, estruturar, construir uma pequena base para a autonomia futura. Este projeto surge da união de duas iniciativas: Auto fabricantes de Madri, e a comunidade de fabricantes de próteses de Nariño, com o objetivo de ir construindo, entre todos, o começo para uma nova comunidade conetada com Auto fabricantes, que além de se consolidar em Nariño seria a conexão com outras cidades, compartindo os avanços e desenvolvimentos técnicos que foram sendo criados, assim como replicando aquilo que já foi avançado. Consideramos que participar neste Laboratório pode supor o começo de uma transformação social e pessoal para a inclusão de pessoas com diversidade funcional e sua relação com o pós-conflito. |
Perfil dos colaboradores requeridos | Pessoa ou família com diversidade e interesse em colaboração no projeto, preferentemente crianças de Nariño. Desenhador/a industrial Desenhador/a 3D Fisioterapeuta / Terapeuta Ocupacional Trabalhador/a social conhecedor/a do tecido local Especialista/a em impressão 3D Comunicador/a, documentalista. |
2. Sumak Kawsay: Indígenas construtores de paz para o bem viver
Nome | Sumak Kawsay: Indígenas construtores de paz para o bem viver |
Autor | Darwin Muñoz Narváez |
Descrição | A comunidade indígena Inga de Aponte foi reconhecida como um exemplo de resistência pacífica e superação do conflito. Os Inga, em meio do conflito entre os grupos ilegais, a rutura do tecido social e as fumigações aéreas, resolveram se enfrentar à guerra, mas sem fazer um só disparo. Acudiram a seus saberes e práticas ancestrais. Mediante mandingas espirituais e cerimônias como a toma de ayahuasca, a comunidade encontrou a fortaleza para se enfrentar aos grupos ilegais e às estratégias para fazer retomar a harmonia, alcançando esse objetivo. Agora cultivam café e criam peixes, suas ocupações desde que deixaram a papoula. O presente projeto busca identificar e sistematizar esses saberes, práticas ancestrais e estratégias desenvolvidas pelos Inga para, depois, mediante conteúdos multimédia e físicos (livros, cartilhas), transmiti-los a suas crianças e gerações futuras, assim como a outras comunidades indígenas da Colômbia que estão enfrentando a situação de pós-conflito e a substituição de cultivos ilícitos. O projeto será desenvolvidos em colaboração com os habitantes do Resguardo Inga de Aponte, e conhecer de que maneira influiu na vida das pessoas o conflito interno, o conflito armado, o narcotráfico, sequestro, a desaparição e o deslocamento forçado e assim poder conhecer a incidência desta problemática e como conseguiram superá-la com seus conhecimentos ancestrais. Sumak Kawsay é a expressão quéchua que significa bem viver ou vida em plenitude. |
Perfil dos colaboradores requeridos | Líder comunitário do Resguardo Inga de Aponte Docente/reitor da Instituição educativa Agropecuária Inga de Aponte 2 Pedagogos/as com experiência em redação de conteúdos para crianças Trabalhador/a Social Antropólogo/a Desenhador/a maquetador/a gráfico de publicações 2 Realizadores audiovisuais (gravação, edição e produção de vídeo) |
3. Projeto colaborativo de um Biodigestor com comunidades indígenas de Nariño
Nombre | Projeto colaborativo de um Biodigestor com comunidades indígenas de Nariño |
Autor | Dayra Titinango Hormiga |
Descrição | Solução alternativa para o aproveitamento de resíduos das fazendas, geração de energia, e conservação dos recursos naturais para comunidades indígenas de Nariño afetadas pelo conflito. A construção colaborativa gerará comunidades de aprendizagem que poderão replicar esta solução em outras comunidades e regiões da Colômbia. O projeto trabalhará com uma comunidade indígena de Nariño no projeto e construção colaborativa do Biodigestor. Em Nariño, existem reservas indígenas que contam com gado bovino, porcino e caprino que abastecem de cárnicos e lácteos a comunidade. Ainda que este gado seja parte do desenvolvimento econômico das regiões, não existe um manejo adequado das fezes e resíduos orgânicos deste gado, o qual gera contaminação das fontes hídricas e do meio ambiente. Frente a esta problemática, apresenta-se a necessidade de projetar e fabricar um biodigestor como alternativa para o aproveitamento destes resíduos e a conservação dos recursos naturais, que, além do mais, permitirá que as famílias obtenham uma forma de combustão para a cozinha diminuindo o uso da madeira. |
Perfil dos colaboradores requeridos | Engenheiro/a agroindustrial líder comunitário indígena de Nariño Agrônomo/a Engenheiro agropecuário Trabalhador/a social Engenheiro/a florestal Engenheiro/a industrial Especialista em agro ecologia Comunicador/a, documentalista. |
4. #Araneae: aprendizagem em rede para a paz
Nome | #Araneae: aprendizagem em rede para a paz |
Autor | Rosa Cristina Parra |
Descrição | O projeto propõe o desenho e desenvolvimento de uma plataforma virtual de e-learning que facilite que as pessoas desenvolvam habilidades e destrezas no uso de ferramentas virtuais a fim de aumentar a mobilização social, especialmente pela construção de paz. A mobilização com base em comunicação estratégica busca gerar processos participativos onde, em forma articulada, as pessoas se vinculem a ações e atividades ocasionais, assim como a processos a médio e longo prazo. As ferramentas digitais para redes sociais recuperaram a origem da palavra “Política”. A participação deixou de estar apenas relacionada com o voto e as experiências permitiram gerar incidência, mas, além disso, gerar construções. No entanto, o acesso não foi igualitário nem inclusivo. #Araneae facilita o acesso à informação e ao conhecimento, com enfoque sócio formativo de um modelo de mobilização social baseado em comunicação estratégica, que promove não só fortalecer seus conhecimentos para usar as TIC senão que facilita gerar projetos articulados que potencializem o trabalho para a transformação social. |
Perfil dos colaboradores requeridos | Especialista em formação virtual de pessoas adultas Especialista em comunicação para o desenvolvimento Especialista em ferramentas digitais e tecnologia web Editoras de conteúdo, redatoras Desenhadora gráfica e Diagramadora Editoras multimédia Corretora de estilo Coordenadora de projetos Comunicadora Social ou jornalista com o objetivo de documentar o projeto. Será valorizada a experiência em elaboração e edição de vídeos. |
5. Inovação de regadio por micro aspersores
Nome | Inovação de regadio por micro aspersores |
Autor | Jesús Díaz |
Descrição | Como uma alternativa inovadora aos altos custos na instalação e compra de instrumentos tecnológicos para o regadio e, como solução ao deficit hídrico que algumas zonas sofrem propõe-se o projeto e criação de um sistema de regadio mediante a utilização de um material econômico e reciclável que garante um fácil acesso por parte de comunidades camponesas vulneráveis e vítimas de conflito, assim como uma melhoria na qualidade de vida dos habitantes. Propomos o projeto e montagem de um sistema de regadio a baixo custo, sendo viável e acessível em múltiplos casos, adaptando o sistema comercial de regadio por micro aspersão a um sistema artesanal que pode se adequar à realidade de muitos produtores; sendo muito eficaz no momento de transportar a água e de regar. Este sistema apresentaria uma melhor relação entre qualidade e preço, já que seu custo de instalação e elaboração é 12 vezes menor que um sistema de regadio particular. Desta maneira, seriam geradas plantações florestais madeireiras, acompanhadas de um cultivo agrícola e o do uso pecuário do solo para semear os pastos, com o fim de engordar gado bovino e proporcionar sustentabilidade à comunidade. |
Perfil dos colaboradores requeridos | 1 Comunicador/a social 1 Especialista em administração ambiental 1 Especialista em paz e resolução de conflitos
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6. LudoTECa cidadã: Urbanotopias da infância
Nome | LudoTECa cidadã: Urbanotopias da infância |
Autor | Daniel González Xavier |
Descrição | O projeto busca a restauração da convivência através da criação coletiva e colaborativa de brinquedos em base a dispositivos tecnológicos, analógicos e robóticos. Estes brinquedos serão desenvolvidos pelas próprias crianças/as vítimas do conflito, junto a suas famílias, para depois formar parte de uma ludoteca física comunitária que continuaria essas atividades. Utilizamos as novas tecnologias e a produção audiovisual como pretexto para a criação de vínculos educativos que permitam construir conhecimentos a partir do diálogo com as crianças. Em nosso projeto convivem diferentes formas de expressão artística e experimentação científica que são atravessadas pela criação de relatos audiovisuais na aventura de crescer. A experiência mesclará realidade e ficção pautada por diferentes atividades criativas como meio para ampliar a leitura crítica da realidade permitindo a construção de um horizonte coletivo para pensar e atuar para o bem comum. Os brinquedos que as crianças criarão podem ter caraterísticas muito variadas desde jogos de estratégias, brinquedos pequenos com dispositivos tecnológicos até instalações interativas com mapping reativo, realidade aumentada e realidade virtual. Esta metodologia lúdica e educativa de restauração da convivência e o tecido social pode ser replicado não só em outras áreas de Nariño, senão também na Colômbia. |
Perfil dos colaboradores requeridos | 3 programadores e hackers 1 pedagogo/a especialista em jogos infantis 3 Arte-educadores 1 Estudante de artes cênicas 1 Mediador/a Cultural |
7. Atrapanévoas: água sustento de paz
Nome | Atrapanévoas: água sustento de paz |
Autor | German Mueses Rodríguez |
Descrição | Projeto e instalação de atrapanévoas, dispositivo capaz de captar a névoa do lugar e convertê-lo em água através da instalação de malhas rashell, guadua, canaletas, e um tanque recoletor de água. Uma das vantagens é que o sistema não necessita energia e pode produzir até 400 l. ao dia e graças a seu sistema de depuração natural, gera água potável, melhorando assim a qualidade de vida. O projeto se baseia em sistemas de abastecimento não convencional para mitigar a falta de água nas comunidades afetadas pelo conflito armado. Além disso, o projeto propõe a criação de comunidades locais de aprendizagem que extendam as instalações e manutenção dos atrapanévoas no resto do território de Nariño com dificuldades de acesso à água.. |
Perfil dos colaboradores requeridos | 1 Engenheiro/a Civil, especialista no tema da construção de estruturas. 1 Arquiteto/a, especialista em projeto de espaços ambientais. 1 Engenheiro/a Ambiental 1 Engenheiro/a sanitário, com conhecimentos de potabilização de água. 1 Topógrafo/a 1 Geógrafo/a 2 líderes de comunidades de Nariño com deficit de água |
8. Co-criação da Escola Virtual Colaborativa
Nombre | Co-criação da Escola Virtual Colaborativa |
Autor | Jairo Alexis Rodriguez |
Descrição | Criar uma Escola Virtual como plataforma de interatuação coletiva para a co-criação e intercâmbio de conhecimentos e soluções escaláveis e sustentáveis, com enfoque no resgate dos saberes das comunidades afrodescendentes de Tumaco. A proposta busca apoiar de maneira inovadora a educação pública de Tumaco que se encontra em crise, já que a violência na zona fez que as comunidades, em especial os jovens, percam os saberes e valores ancestrais da cultura Afro, os quais são substituídos pela cultura do “facilismo” e da violência como meio para alcançar suas metas. O projeto propõe quatro desafios: 1. Recuperação de Saberes ancestrais Afro 2. A cultura e o esporte como estratégia de permanência no sistema educativo 3. Reenfoque do ensino de áreas do conhecimento tradicionais (linguagem, matemática, ciências). 4. Exploração de novas áreas do conhecimento (astronomia, robótica, etc.) |
Perfil dos colaboradores requeridos | Comunicador 2 Especialistas/as em desenvolvimento de software e páginas web1 pesquisador especialista em educação e/ou etnoeducação1 pesquisador em ciências sociais (sociólogo, politólogo ou carreiras afins) 1 gestor cultural 1 professor de educação física Líder docente de Tumaco Líder juvenil de Tumaco Líder de comunidade educativa e estudante e/ou docente universitário Representante de alguma fundação de nível nacional com programas de educação |
9. Teias de aranha: recuperando o tecido social
Nome | Teias de aranha: recuperando o tecido social |
Autor | Daniela Fuentes Moncada |
Descrição | É um projeto que busca a construção dos bens comuns através do estímulo criativo de pessoas que foram afetadas pelo conflito armado colombiano e que se enfrentam hoje a um cenário de pós-acordos. É uma metodologia que tem como propósito recuperar o tecido social fortalecendo a memória coletiva através da recuperação dos saberes e histórias diversas das vítimas do conflito em seus próprios contextos, focando no trabalho com a população afrodescendente e indígena em alguma região de Nariño. Em concreto, o projeto propõe, inicialmente, o trabalho com até 45 mulheres e adolescentes que representem a diversidade de histórias e papéis exercidos durante a guerra para, através de ferramentas de estímulo criativo, processar o conflito. Será produzida documentação audiovisual, códigos de convivência, e materiais artísticos derivados do processo. |
Perfil dos colaboradores requeridos | Psicólogo/a com experiência em contenção de grupos. Antropólogo/a ou gestor/a social ou educador/a com experiência em educação popular. Escritor/a ou pessoa vinculada às artes literárias com conhecimentos de escritura criativa. Desenhador/a com conhecimentos de encadernação e fabricação de papel artesanal. Desenhador/a artista com conhecimentos em ilustração e metodologias de estimulação da criatividade. Artista Visual (fotografia e vídeo) com conhecimentos de edição e montagem. Comunicador/a para sistematização e difusão de informação. |
Nome | Construção coletiva do modelo produtivo (pacote tecnológico) para produção de cacau em três zonas da Colômbia |
Autor | Lina Marcela Tami |
Descrição | Dadas as grandes expetativas sobre o cacau como alternativa de substituição de cultivos ilícitos, resulta relevante construir de maneira coletiva e participativa, modelos produtivos (em outras palavras, pacotes tecnológicos) ajustados às condições locais da população de interesse. Se bem as entidades de I+D+i (pesquisa, desenvolvimento e inovação) fizeram esforços por dispor tecnologias e conhecimentos para ser aplicados pela população, ainda não existem modelos produtivos consensuados com a comunidade usuária. Esta construção coletiva implica envolver produtores, extensionistas, pesquisadores e institucionalidade local, na construção dos esquemas e mensagens técnicas básicas a promover no processo de acompanhamento para a substituição. Esta construção coletiva seria feita através de sessões de construção social participativa, onde junto com os atores descritos anteriormente se chegue a um consenso sobre dois elementos técnicos, administrativos e organizacionais mínimos que deveria adiantar um produtor de cacau em cada região de interesse. |
Perfil dos colaboradores seleccionados | 3 produtores de cacau líderes, cooperativas ou associações locais 2 pesquisadores especialistas em manejo integrado do cultivo do cacau a nível local 2 extensionistas, assistentes técnicos ou assessores técnicos especialistas no cultivo de cacau a nível local 1 profissional em documentação do exercício (sociólogo, trabalhador social, comunicador social, etc.) 1 representante de ONG, Agências de desenvolvimento local ou governo local. |
11. A Janela (projecto convidado)
Nome | A Janela |
Autor | Maria Fernanda Lopez Mora |
Descrição | Criação de um Kit de transmissão de televisão infantil, que use o vídeo participativo como método de convivência e inserção de crianças e jovens vítimas do conflito. O primeiro projeto seria desenvolvido na comuna 10 da cidade de Pasto, lugar ao que chegaram famílias deslocadas pela violência de toda Colômbia. Em primeira medida trabalhar-se-ia com as crianças e jovens na construção da Rede de transmissão (kit) e a manejar a produção audiovisual participativa para gerar conteúdos de transição de conhecimento e convivência, potenciando as capacidades comunicacionais dos participantes e brindando-lhes um rol dentro do lugar que habitam. Durante o laboratório seria desenvolvido o Kit de transmissão e seria abordada, com um grupo focal, a transferência de conhecimentos para poder fazer vídeo participativo. Cabe anotar que o produto do vídeo participativo não busca gerar documentários. Para poder fazer vídeo participativo é necessário um processo de mediação com as comunidades, para o quê, focaliza-se um grupo de trabalho onde se realiza um processo de empatia, posteriormente, uma aproximação aos equipamentos como câmaras, microfones ou celulares, depois de um reconhecimento de suas necessidades, problemas, potencialidades, construção de histórias a partir de seus contextos chegando finalmente à produção audiovisual. Uma das fortalezas do vídeo participativo é que, através da metodologia, as pessoas assumem papéis dentro de sua comunidade, possibilitando a formação de líderes que possam ser pilares na transformação de seu contexto. Todo o processo de produção de conteúdos e difusão realizado através desta ferramenta é de controle das comunidades. A difusão será feita através do kit tecnológico criado e a produção seria transmitida em televisão análoga aberta e através de plataformas virtuais utilizadas massivamente como YouTube ou Vimeo. |
Perfil dos colaboradores seleccionados | 1 Maker ou realizador tecnológico2 engenheiros/as em telecomunicações1 programador/a
1 profissional em comunicação e realização de vídeos |
Para a seleção dos participantes, a organização valorará o perfil dos candidatos, sua experiência, disponibilidade e motivações para participar do laboratório. Além disso, em cada grupo haverá um colaborador que se encarregará, principalmente, de documentar os processos e dinâmicas de trabalho e seus resultados, assim como de comunicá-las externamente, mediante alguma plataforma digital, redes sociais, etc
As datas chave são as seguintes:
Convocatória de colaboradores: 20 de outubro a 19 de novembro de 2017
Publicação dos colaboradores selecionados: 28 de novembro de 2017
Chegada de colaboradores a Pasto, Nariño: 13 de fevereiro
Laboratório ibero-americano de inovação cidadã em Nariño: 13 a 25 de fevereiro 2018
Acesse as bases da chamada os projetos selecionados para cada laboratório e inscreva-se:
>> Descarga as bases da chamada <<
>> Formulário de inscrição <<
Bases da chamada
[accordion] [accordion_section title=»Objeto da Convocatoria»]O objeto desta convocatória é a seleção de um máximo de 90 colaboradores para desenvolver, de forma colaborativa, projetos de inovação cidadã relacionados com o desenvolvimento local alternativo, os direitos humanos e convivência, cultura de paz e reconciliação.
Entendemos a Inovação Cidadã como aquele processo que experimenta a resolução de problemas sociais com tecnologias (digitais, sociais, ancestrais) e metodologias inovadoras, através do envolvimento da própria comunidade afetada. Esta definição pressupõe que os cidadãos deixam de ser recetores passivos de ações institucionais, para passar a se converter em protagonistas e produtores de suas próprias alternativas, através de um processo de empoderamento que resulta muito mais democrático (soluções de embaixo e em cima), muito mais resiliente pelo efeito de aprender/fazendo e ensaio/erro; e, principalmente, muito mais ágil e eficaz, porque conta com o conhecimento das próprias comunidades.
Os laboratórios de inovação cidadã (LABIC) são espaços criados para que isto possa suceder; para sistematizar e acelerar essas inovações espontâneas que surgem nas pessoas, nas comunidades, nos bairros, que transformam realidades locais e têm potencial de se replicar em outras cidades. Espaços que permitem simultaneamente a experimentação, o aprendizado, e o prototipado de propostas inovadoras. Os LABIC seguem no formato de oficina de produção desenvolvido por Medialab-Prado, ao qual foram aplicadas certas adaptações e incorporado em inovações. Nesses congregam-se durante um mínimo de 10 dias, vários projetos que são desenvolvidos, de forma colaborativa, por equipes multidisciplinares de cidadãs e cidadãos de diferentes procedências, fazendo do laboratório um espaço de produção de propostas específicas desde a cidadania para a cidadania, ao mesmo tempo que, um espaço de convivência intercultural.
#LABICxlaPAZ será a quarta edição de um LABIC; a primeira foi em 2014, em Veracruz, México (#LABICMX), a segunda no Rio de Janeiro, Brasil em 2015 (#LABiCBR), a terceira em Cartagena, Colômbia em 2016 (#LABICCO). Cada edição do LABIC renova-se, atendendo às melhorias propostas pelos próprios participantes e às lições aprendidas pelos organizadores.
[/accordion_section] [accordion_section title=»O papel dos colaboradores»]O papel do colaborador no processo de desenvolvimento do laboratório resulta fundamental. Os colaboradores terão a oportunidade de se unir às equipes de projetos que desenvolverão as propostas selecionadas e de trabalhar em um entorno no qual existe uma relação horizontal entre mentores, promotores, colaboradores e mediadores. Isto pressupõe uma oportunidade para o intercâmbio de conhecimento reflexivo e o aprendizado teórico e prático, assim como a possibilidade de colaborar em uma equipe multicultural com pessoas provenientes de diversos países junto com comunidades locais.
Uma vez terminados os projetos, os nomes dos colaboradores aparecerão nos créditos, do mesmo modo que o nome do promotor do projeto. Ainda assim, a Secretaria Geral Ibero-americana emitirá um documento certificando a participação no laboratório a todos os participantes que assim o solicitarem.
[/accordion_section] [accordion_section title=»Metodologia»]Este laboratório de inovação cidadã pretende ser uma plataforma de aprendizado, pesquisa, produção e prototipado coletivo desde onde se apoiará, ao máximo, o desenvolvimento dos projetos.
As propostas desenvolver-se-ão em grupos multidisciplinares de trabalho compostos pelo promotor/es e o/s colaborador/es interessados, com o assessoramento conceitual e técnico dos mentores, dos mediadores e dos especialistas técnicos. O desenvolvimento do projeto também será acompanhado do trabalho em conjunto com comunidades locais.
A organização facilitará, na medida do possível, os meios necessários para a realização e documentação dos projetos selecionados. Ao longo do laboratório serão programadas diferentes atividades como conversas, apresentações, seminários ou oficina específicas.
As jornadas de trabalho serão adaptadas às necessidades particulares dos projetos, em conciliação com as atividades e os horários do centro onde será desenvolvido o laboratório (manhã e tarde). Habitualmente, as equipes trabalham durante o horário completo, todos os dias (exceto o dia de descanso).
Anima-se os participantes a elaborar uma adequada documentação dos projetos desenvolvidos, tanto durante o laboratório como posteriormente, à sua finalização. Também se insta à utilização de ferramentas de software e hardware livre. A publicação dos resultados deverá estar sob licenças livres e em repositórios abertos que permitam o acesso e a difusão do conhecimento produzido durante o laboratório.
Antes do começo do laboratório, a organização colocará em contato todos os integrantes de cada grupo para que possam planificar qualquer trabalho prévio que deva ir se desenvolvendo para o projeto, em face ao laboratório.
[/accordion_section] [accordion_section title=»Idioma de trabalho»]O laboratório será desenvolvido em espanhol, sem tradução.
[/accordion_section] [accordion_section title=»Alojamento, transporte e alimentação»]De 13 a 25 de fevereiro, inclusive, a organização cobrirá, aos não residentes em Pasto, a estadia (quartos compartilhados) com café da manhã, almoço e jantar. E aos residentes em Pasto, cobrirá nesses mesmos dias, o almoço.
Por sua parte, os gastos de viagem (deslocamentos a Pasto, e regresso ao país/cidade de origem) não estarão cobertos pela organização. O financiamento da viagem e regresso a origem deverá correr por conta do próprio colaborador ou de alguma entidade pública ou privada que aceite financiar seu translado (neste caso, as instituições envolvidas na organização podem entregar ao colaborador uma carta certificando sua participação no #LABICxlaPaz e apoiando sua solicitação de financiamento para a passagem). No caso de que uma instituição aceite pagar o translado do colaborador, a organização permitirá a inclusão do logótipo dessa entidade como colaboradora nos documentos (escritos e audiovisuais), assim como nas peças gráficas do evento (banners, roll-up, etc.).
O translado do aeroporto ao hotel no dia 13 de fevereiro e vice versa no dia 25 de fevereiro correá a conta dos organizadores.
Para o caso de ser necessários, os transportes diários coletivos desde o hotel até o lugar de desenvolvimento do Laboratório, e vice-versa, assim como os translados a comunidades locais que participem no desenvolvimento do projeto correrão por conta dos organizadores do evento e serão estabelecidos pelos mesmos.
Os colaboradores que não residam na Colômbia estão obrigados a contratar, por conta própria, um seguro médico. Ainda assim, é necessário se informarem sobre os requisitos para obter o visto para a Colômbia, em caso de ser necessário para sua nacionalidade (consulte aqui)
Recordamos que a vacina da febre amarela é obrigatória para os cidadãos procedentes do Brasil.[/accordion_section] [accordion_section title=»Inscrições e resultados»]
Todos aqueles interessados em participar no laboratório deverão completar e enviar o formulário disponível mais abaixo.
Prazo de apresentação: 27 de octubre a 19 de novembro de 2017
Publicação dos colaboradores selecionados: 28 de novembro web de Inovação Cidadã, assim como em comunicação direta, via email, com os colaboradores selecionados.
Para a seleção dos colaboradores, a comissão terá em consideração:
– Adequação do seu perfil aos perfis requeridos para os projetos
– Grau de motivação;
– Abertura à colaboração;
– Disponibilidade;
– Será levada em conta a diversidade de procedências e equilíbrio de gênero
[/accordion_section] [accordion_section title=»Difusão e continuidade dos projetos»]Os trabalhos desenvolvidos serão apresentados publicamente pelos autores e colaboradores no último dia do laboratório, em um evento aberto. Além disso, os participantes autorizam que os projetos e/ou a documentação dos mesmos, poderão ser publicados nas webs dos organizadores, assim como documentos audiovisuais e impressos. Durante o laboratório, a organização proporcionará alojamento web aos projetos que o requererem, assim como as ferramentas e plataformas necessárias para administrar uma adequada documentação por parte dos participantes, tanto do processo, como dos resultados.
Posteriormente, a Alta Conselharia para o Pós-conflito realizará um estudo sobre a viabilidade futura dos projetos, a fim de ser executados na Colômbia.
[/accordion_section] [accordion_section title=»Limitação de Responsabilidade»]Os organizadores não são responsáveis pelo uso dos dados ou dos conteúdos que o participante possa utilizar. Assim como também não o são dos direitos de autor ou daqueles direitos que correspondam a terceiros conforme as respetivas leis. O #LABICxlaPaz é um evento de vários dias, pelo que, confiamos na responsabilidade de cada participante durante todo este período. A organização não se fará responsável de furtos ou extravios de pertinências pessoais, nem de danos físicos às pessoas.
[/accordion_section] [accordion_section title=»Obrigações dos selecionados»]As pessoas selecionadas comprometem-se a assistir ao laboratório entre os dias 13 e 25 de fevereiro, respeitando os horários de trabalho acordados pela equipe. Também comprometem-se a finalizar e documentar os projetos propostos, assim como respeitar o código ético e de convivência do #LABICxlaPaz
[/accordion_section] [accordion_section title=»Código ético e de convivência do LABIC»]1. Centramo-nos na colaboração, e não na competição
2. As ideias têm valor em si mesmas, e não por quem as propõe. Não potenciamos gurus, senão o bem comum.
3. Defendemos o direito à informação, ao conhecimento e à participação. O diálogo e o livre intercâmbio guiam nossas atividades.
4. No LABiC estimulamos as licenças livres e os repositórios abertos como forma de transparecer e difundir o conhecimento.
5. Não se aceitam expressões de ódio ou intolerância em temas de gênero, raça, etnia, posição social, orientação sexual, religiosa, ou de procedência.
A organização poderá realizar os esclarecimentos, modificações e interpretações que se considerem pertinentes.
Todas aquelas circunstâncias não previstas na presente convocatória serão resolvidas pelos organizadores.
As decisões, qualificação e resultado são inatacáveis.
A participação na presente convocatória supõe a aceitação de todas as suas bases e dos termos e condições gerais de participação no Laboratório Ibero-americano de Inovação Cidadã.
Quem pode participar como colaborador no laboratório?
Qualquer pessoa maior de 18 anos que deseje trabalhar em grupo, aportando seus conhecimentos e ideias no desenvolvimento de alguma das propostas selecionadas e que, ao mesmo tempo, que aprenda dos demais do grupo e dos mentores do laboratório.
O que oferece este laboratório às pessoas que participam como colaboradores?
Um entorno excecional e multicultural para o aprendizado colaborativo, onde a cidadania tem um espaço para contribuir à construção de uma paz duradoura e a reconciliação na Colômbia. Os nomes dos colaboradores serão incluídos nos créditos do projeto desenvolvido. Igualmente, o projeto de Inovação Cidadã da SEGIB entregará um documento comprobatório de participação no laboratório àqueles colaboradores que o solicitarem. A equipe também contará com a possibilidade de fazer uma apresentação pública dos trabalhos durante o laboratório e o colaborador disporá de novas redes de relações pessoais e profissionais.
Ao que me comprometo se me inscrevo como colaborador?
Os colaboradores selecionados comprometem-se a desenvolver aquelas partes do projeto que se hajam acordado, e que se correspondam com seu perfil e interesses. Assim mesmo, os colaboradores terão o compromisso de assistir ao laboratório diariamente.
Quais gastos correm por conta dos organizadores?
Se você reside fora de Pasto, a organização fornecerá alojamento, café da manhã, almoço, jantar, e transportes locais às comunidades organizados pelo laboratório. Se você reside em Pasto, a organização te fornecerá o almoço. A organização não se ocupará dos gastos de passagens à Pasto desde outras cidades e países.
Onde posso encontrar informação sobre os projetos nos quais pode-se colaborar?
No resumo de projetos selecionados.
Como e quando se formam os grupos de trabalho?
Os grupos de trabalho serão conformados ao finalizar o período de inscrições, em primeiro lugar, tendo em conta a preferência de projeto que a pessoa inscrita tiver, em segundo lugar, a pertinência de seu perfil para o projeto escolhido.
Qual é o horário do laboratório?
Trata-se de um laboratório intensivo de produção e não tem um programa definido (exceto algumas atividades específicas), senão que os grupos combinarão os horários segundo suas necessidades e disponibilidade. Não obstante, o trabalho é intenso e costuma-se trabalhar durante a jornada completa. Haverá também atividades programadas e outras improvisadas como apresentações, mini-oficinas, debates, performances e festas.
Posso escolher o projeto no qual quero colaborar?
Sim, são os colaboradores os que decidem de qual grupo de desenvolvimento querem formar parte.
Posso colaborar em vários projetos simultaneamente?
Sim, sempre que a sua disponibilidade temporal e as necessidades dos diferentes projetos o permitam. Ainda assim, recomendamos que se concentre em um só projeto. Duas semanas passam voando!
Posso participar se não tenho disponibilidade para estar presente nas duas semanas de laboratório?
Sim, sempre que combinar com o grupo. Ainda assim, recomenda-se a maior dedicação possível durante as duas semanas, já que se trata de um laboratório intensivo. Recordamos também que a disponibilidade é um critério para a seleção dos participantes.
[/accordion_section] [/accordion]A participação na presente convocatória pressupõe a aceitação de todas as suas bases e conteúdos.
Se voce tiver alguma pergunta, consulte a seção de perguntas frquentes ou nos escreva a [email protected]